Sem Rumo na Copa é lançado em Florianópolis

Finalmente, o grande público pode conhecer os bastidores da viagem que três jovens jornalistas fizeram em 2010 pela África do Sul. Quem em sã consciência trocaria Florianópolis por um continente com mosquitos, conexão de internet a carvão e ônibus que só partem quando o motorista quer? Diego Madruga, Pedro Rockenbach e Renan Koerich trocaram. E é, justamente, a viagem do trio pela África do Sul que é contada em “Sem Rumo na Copa – 45 dias de uma aventura na África do Sul”, lançado ontem em Santa Catarina.

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“Mostramos um país que não é visto através das televisões, pelo jogos. A nossa ideia foi contar o que aconteceu fora do campo, longe das coberturas tradicionais das seleções. Mesmo com pouco dinheiro, nós vivemos intensamente o período”, diz Koerich.

O livro, editado pela Via Escrita, tem relatos de quem não teve medo de se misturar a pessoas desconhecidas em ônibus, albergues e lan houses, nem se sentiu intimidado pela porta na cara que a Fifa bateu em incontáveis jornalistas pelo mundo. Uma Copa do Mundo não é somente o que acontece nos estádios, hotéis e restaurantes coalhados de torcedores. Às vezes, nesses locais é onde a Copa menos acontece. Se alguém quisesse sentir de verdade a tensão da competição, o orgulho que despertou nos sul-africanos e a paralisia que provocou em um país inteiro, não era assistindo a Eslováquia contra Nova Zelândia no estádio reformado da cidadezinha de Rustenburgo. Era nos shebeens, os bares sul-africanos, ou no coração de Joanesburgo, onde aquele evento gigantesco representava bem mais do que uma festa de mídia para a Fifa. Era mais um sinal de libertação após décadas de tirania racial.