Edin Dzeko, um dos temas do livro “Quando o futebol não é apenas um jogo”, de Gustavo Hofman, e uma das esperanças da seleção de seu país para avançar na Copa do Mundo, é um sobrevivente do inferno no qual se transformou seu país, mais especificamente Sarajevo, durante a Guerra da Bósnia, considerada a mais sangrenta da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Quando o conflito estourou, nos primeiros dias de abril de 1992, o garoto Edin, nascido em 17 de março de 1986, tinha exatos seis anos e 19 dias de vida. Era, assim como tantas outras em Sarajevo e nas demais cidades da Bósnia, uma criança. Criança que por quase quatro anos teve de conviver diariamente com sons de bombas, rajadas de tiros e sirenes.
No início de 2011, já desejado por vários clubes importantes, Dzeko é comprado pelo Manchester City por 27 milhões de libras. O menino que anos antes poderia ter morrido jogando bola não virou mais um corpo na vastidão de cemitérios de Sarajevo.
“Minha infância é passado agora. Foi difícil, mas não fui o único. A guerra aconteceu na Bósnia entre meus seis e dez anos, então era difícil sair e fazer qualquer coisa ou ter uma vida normal. Mas eu era jovem… Já acabou, e agora não quero mais falar muito sobre isso”, afirmou o atacante quando foi contratado pelo clube inglês.