No livro “Os 50 maiores defensores da história do futebol” que acaba de ser lançado pela editora Via Escrita, os autores Anderson Moura e Tauan Ambrosio fazem os perfis de várias lendas do futebol. Eles conseguiram diversas entrevistas de forma a consolidar a pesquisa. A escolha dos jogadores foi algo pessoal, mas cada uma tem uma justificativa, dentro de alguns critérios apresentados ao longo dos capítulos.
A obra não contempla necessariamente os 50 melhores jogadores de defesa que já passaram pelo esporte. Primeiramente porque avaliar quesitos técnicos pode vir a ser um trabalho movido pela subjetividade. As memórias seletivas e afetivas fazem com que cada um possa criar sua lista e justificá-la com argumentos pessoais.
Além disso, alguém pode estar entre os maiores sem necessariamente estar entre os mais habilidosos, ou mais disciplinados, ou mais vitoriosos. A grandeza de um jogador pode estar atrelada a sua história de vida. Sua capacidade para enfrentar obstáculos e superá-los, seu profissionalismo, seu entendimento do jogo e por aí vai.
É válido dizer que alguns jogadores fazem parte dessa lista porque participaram de equipes que revolucionaram ou influenciaram no modo como o futebol é visto em todo mundo. A grosso modo, é como dizer que eles estavam no lugar certo e na hora certa, mas sem que isso diminua de alguma forma a participação que eles tiveram nos grandes feitos de suas equipes ou seleções. O catalão Carles Puyol, por exemplo, não foi melhor que Thiago Silva ou tantos outros que ficaram fora do livro, mas tem uma representatividade maior que os excluídos em diversos aspectos.
Igualmente importante ressaltar que a figura humana também teve grande influência na decisão dos escolhidos. Por mais que o jogador de futebol seja jogador muito mais que 90 minutos, ele não o é 24 horas por dia. Há um compromisso em mostrar as facetas que os profissionais não demonstram nos campos ou nas entrevistas coletivas. Saber como eles impactaram as sociedades nas quais viviam e sua importância fora dos estádios.